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14 - Ashtar Sheran - o dia seguinte..


Quando Sacifreuderê e Aleph voltavam para a casa da Vovó depois da longa conversa, avistaram Arará se aproximando aflita procurando Joaquina que sumira desde o dia anterior. "Joaquina estava com dor nos ouvidos e um tanto atordoada. Resolveu se afastar de casa e do movimento das naves espaciais que cruzavam o céu a todo momento - disse Arará - Isto aconteceu ontem e até agora ninguém mais viu Joaquina!".


Aleph esclareceu - " Não se preocupe mais Arará. Avise a todos que Joaquina está de volta.". -" Bah! Como que tu sabes guri?" Perguntou Sacifreuderê. Aleph respondeu ao curioso Freuderê " Temos um sistema de comunicação que vocês não compreendem, mas posso dizer que funciona como o WI-FI da Vovó, só que com telepatia. Uma rede telepática de comunicação. Fui informado sobre uma espécie que excepcionalmente desenvolveu tecnologia e presunção sem, no entanto, desenvolver juízo e respeito. Eles conseguiram furar a nossa segurança se passando por uma nave da Federação Intergalática.
- "Mas que Baaarbaridade! Parece então que são malvados. - Concluiu com seus bigodes o Sacifreuderê.
Enquanto assim conversavam Joaquina estava com a Vovó contando tudo o que se passou.
Pobre Joaquina!
- " Eu voava lá pelas bandas de Feliz Deserto para ficar distante das ondas eletromagnéticas emitidas pelas espaçonaves. Elas me incomodam muito, fico meio atordoada...".
Joaquina contava sua história e os hóspedes siderais - a Violeta, a Biscoito, o Comandante operacional Zuumum, a Thea e Buz-buz a bela insetóide - se aproximaram para ouvir.


A arara continuou sua narrativa
- " Arre! Quando me aproximava da Foz do Velho Chico fui surpreendida por uma nave fazendo movimentos louquinhos. Pousei na praia enquanto a nave pairava sobre minha cabeça paralisando minhas asas. Comecei a flutuar e fui subindo, subindo... até as portas que se abriram parecendo uma grande boca gulosa querendo me engolir. Cheguei tão perto de entrar que vi alguns tripulantes estranhíssimos lá dentro, cruzes! Nesse momento, para aumentar ainda mais meu medo, uma nave azul com luzinhas piscando veio em alta velocidade. Arre! Diretinho na direção daquela que me abduzia! Pensei: - Valei-me Santa Arara Canindé! Agora uma nave me suga e a outra haverá de me atropelar em pleno ar! Qual meu espanto quando, no segundo seguinte, eu me estatelei no chão.
Lá estava eu, Vovó... caída da espaçonave. Andei atordoada batendo aqui, batendo ali até ser encontrada pela Comandante Deise.Ao me socorrer ela cotou que haviam detectado os Mercurianos ultrapassando a barreira de segurança criada ao redor da Terra, se passando por uma nave federada. Eles são especialistas em camuflagem.
E assim fui salva. Keulin e Kituin me trouxeram de volta e aqui estou podendo contar tudo o que me aconteceu!".
Não era bem esse tipo de aventura que a arara Joaquina esperava.


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A casa estava em pleno movimento! Pessoas de vários lugares do universo que a muito tempo esperavam pela oportunidade de se apresentar em conjunto. Melhor ainda sendo recebidos com atenção, café com pão de queijo mineiro e suco de laranja...
Lorac, vinda de um pequeno sistema solar situado na Galáxia de Andrômeda, consultou sua avançada visão remota para procurar por Marietiniá. Lorac é a responsável pela comunicação dos visitantes usando seu equipamento avançado de disseminação de informação a todos que possam captar. Uma reporter oficial.

A Profridência avisou a Lorac que, imediatamente comunicou ao Comando.
O bebezinho de Marietiniá chegaria em breve fazendo a Profridência rapidamente providenciar um lugar seguro para o nascimento.
- " Marietiniá precisará de uma toca confortável e segura. Providenciarei tudo." E na velocidade da sua luzinha cuidou de todos os detalhes.
Sentia que era chegada a hora do nascimento do bebezinho. Ela não se enganou. Encontrou Marietinha no mangue com Crânio e Judite.
" Huunn... - cismou a coruja... - Marietiniá, quanto tempo você contou desde as primeiras contrações até agora?". E Marietinha respondeu: - " Ah, D' Judite, eu não conto o tempo. É ele quem me conta suas memórias. Mas certamente transcorreu o suficiente para o bebê nascer... AGORA! ". Falou com sentimento de urgência escapado na voz e ao mesmo tempo em que Profridência chegou para levá-la ao lugar seguro.
Com uma piscadela de luz chegaram à cabine do barco ancorado na areia. Ali tudo fora acomodado e aconchegado e o nascimento aconteceria muito bem - ao som das ondas do mar.
Fridoquinha foi a primeira a ver o novo rebento. - "Que bebezinho encantador!" Pensou ela enquanto sua luzinha brilhava providenciando o que disse ao bebê:
- "A dádiva da beleza
você há de ter e, do amor,
Só o que de mais puro obter.
Do universo o sorriso como dádiva
E que ao mundo retribuirás em alegria ...".


Lorac e Aziul chegaram a tempo de acompanhar as primeiras lambidas do banho do bebê.


O surgimento de alguém no mundo é fonte de imensa alegria e esse bebezinho das estrelas veio trazendo inteligência e amor.
Foi cercado de carinho como deve ser cada nascimento.
D' Judite veio conhecer o novo membro da família. Pensou se um gatinho nasceria como um corujito, envolto numa casquinha de ovo... "Acho que não- respondeu a si mesma e aos seus botões - mas depois pesquisarei.".
- "Arturzinho nasceu tão sadio! D'Judite" Contou-lhe Marietiniá. - "Arturzinho?" Perguntou a coruja. _" Sim! - respondeu Marietiniá - ele se chamará Artur!".
- "Um encanto de bebê!" Suspirou a amorosa coruja.


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O sol já estava à pino indicando a hora do almoço e da sesta.

Sacifreuderê e Aleph voltaram e o gato saci ficou tão surpreso com a notícia do nascimento do Artur que exclamou enquanto ventava um vento feliz:
- " Mas que baaaaaarbaridaaadeee! Que gurizinho lindo! Marietinha caprichou!" - e cantarolou voando feliz:




" Que venham todos, dos cantos do universo,
Mas também dos quatro cantos deste mundo!
Que vente de norte a sul,
Pois que do oeste ao leste também haverá de ventar.

O filho das estrelas trás consigo a luz da vida
Para aqui brilhar.
Cantem os Sanhaços,
As gaivotas do alto mar.


Que venham do Cerrado as Seriemas,
E com o impulso do vento
Acabarão por ao mar chegar.
Assim quantos outros nos ventos quiserem até aqui surfar.


Ao chegar nesse mundo
O filho da Estrela esperança nos dá.
E para quem com isso não concordar,
Por fora deve estar!"


Naquele dia o almoço foi festivo e todos os amigos estelares queriam ao rebento apadrinhar. Mas, coube ao Zuumum e também à Clara essa satisfação. Ele, um bravo guerreiro e Comandante operacional, ela a médica do Comando Asthar.



Marietiniá estava plena, como plena se sente uma mãe. - "Com tantos amigos, meu filhotinho nunca se sentirá só." .
Assim termina mais uma fábula, com um integrante a mais nas aventuras. Chegou Artur! Viva!

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